Reproduzimos os principais documentos. Do PTB de Coutinho Cavalcanti ao de Leonel Brizola; das iniciativas do governo Goulart, até o golpe militar, que produziu a primeira lei de reforma agrária: o Estatuto da Terra, de 1964. O debate só foi retomado com o processo de redemocratização do país, quando a Contag, em 1979, aprova teses críticas ao governo militar e se retoma o debate da reforma agrária. Seguiu-se o surgimento dos novos movimentos sociais no campo, entre eles o MST.
Publicamos as teses defendidas por esse movimento na sua fundação, em 1984. Depois, a hegemonia do debate e das idéias em torno do que deveria ser uma reforma agrária foi compartilhada pelo PT e pelo MST. Para evidenciar, publicamos as suas principais propostas: do PT em 1989 e depois em 2002, o que permite ao leitor analisar as mudanças que aconteceram. E do MST, a atualização do documento programático de sua fundação realizada no congresso de 1995. O livro termina com a Carta da Terra, o último documento expressivo da década de 1990, elaborado em 2003, como expressão da vontade unitária de todas as forças sociais que atuam no meio rural brasileiro.