No interior de São Paulo, uma área rural urbanizou-se, destacou-se no cenário econômico nacional e abriu as portas do estrangeiro para os seus produtos. Era o complexo coureiro-calçadista de Franca. Na segunda metade do século XX, os planos do nacional-desenvolvimentismo, de substituição das importações – mediante industrialização fabril –, encontrou bons sapatos para usar.
Nos 40 anos cobertos pela sistemática e minuciosa investigação de Vinícius de Rezende, os trabalhadores e as trabalhadoras também protagonizaram lutas que impulsionaram a marcha adiante do movimento social, perante um adversário tão poderoso quanto fisicamente próximo e vigilante; até mesmo íntimo.
Com invejáveis energia e argúcia, Vidas fabris analisa não só relações entre capital e trabalho, de equilíbrio e convivência, mas também de tensão e diferenças. Ao contrário do que se pode pensar, operários e operárias não se reduziam a sua força de trabalho, a uma quantidade de energia a ser vendida e comprada. Não eram número. Também não estavam alienados e à deriva, como dominados ou consumidores. Não eram um grupo social que vivia para o desfrute dos outros.
- Capa comum: 534 páginas
- Editora: Alameda Editorial (1 de novembro de 2017)
- Idioma: Português
- ISBN-10: 8579393671
- ISBN-13: 978-8579393679
- Dimensões do produto: 16 x 3 x 23 cm
- Peso de envio: 499 g